À primeira vista, de acordo com o artigo, a coisa mais importante para ele parecia ser o pacote de grandes compensações financeiras que ele receberia se completasse seis meses inteiros sem mais nenhum afastamento. Enquanto lia o artigo, fiquei imaginando se ele realmente tinha considerado o custo de buscar uma recompensa financeira assim considerável, ao risco de sua saúde e da recuperação de uma operação tão séria e invasiva.
Entretanto, não é preciso passar por um transplante de órgãos para reconhecer o impacto que as nossas prioridades de trabalho exercem sobre a nossa vida e a vida daqueles que nos são mais próximos. Eu imaginei que o CEO não estava retornando apenas pelo dinheiro. Ele provavelmente também amava o desafio de mudar os rumos de uma organização e estava disposto a assumir o risco calculado de uma potencial falência cardíaca, até mesmo da morte. Outro artigo sugeria que a exigência da companhia aérea para que seu alto executivo retornasse ao trabalho apenas dois meses depois de seu transplante de coração poderia ser considerada “um ato sem coração”.
Talvez você se identifique com o dilema desse executivo. Eu com certeza me identifico. O trabalho geralmente é muito exigente e pode realmente cobrar um tributo de vida, mesmo para aqueles que desfrutam de boa saúde.
Vamos considerar o que a Bíblia diz sobre o custo associado com as nossas decisões na vida. Falando para alguns de Seus seguidores, Jesus apresentou uma analogia: “Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!’ Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz.” Jesus terminou dizendo: “Assim nenhum de vocês pode ser Meu discípulo se não deixar tudo o que tem.” (Lucas 14:28-33).
Em outra parte, Jesus fez uma declaração definitiva sobre prioridades, observando: “Um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também servir ao dinheiro.” (Mateus 6:24).
Há mais de vinte anos eu considerei o custo e decidi que já era tempo de deixar que Deus tivesse o controle da minha vida. Isso significava que eu não iria mais ser escra-vo do meu negócio. Eu compreendi que o meu relacionamento com Deus era minha maior prioridade. Hoje, o trabalho permanece sendo importante para pagar as contas e prover para os meus entes queridos, mas também aprendi a colocar minha família e os outros primeiro que o escritório. A providência de Deus continua a me surpreender, satisfazendo todas as nossas necessidades quando simplesmente confiamos n’Ele. Como “cliente satisfeito”, recomendo vigorosamente que você também considere o custo ao lidar com as difíceis decisões da vida.
Próxima semana tem mais! Texto de autoria de Jim Langley, agente e perito em seguros de vida (CLU), da New York Life, desde 1983. Membro ativo do CBMC Santa Bárbara, Califórnia, desde 1987. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes.sergio@gmail.com)