Quando Deus Quiser Enviá-lo Você Irá?

Por Robert J. Tamasy  (  não consigo aumentar a fonte!)

Algumas semanas atrás, meu amigo Sérgio Fortes escreveu sobre “a zona de conforto”, onde nos sentimos, é óbvio, confortáveis. É familiar, previsível e, geralmente, não exige mais esforço do que estamos dispostos a fazer. Sendo assim, como você reage quando é solicitado a se aventurar fora de sua zona de conforto? Você resiste? Finca pé e recusa? Ou simplesmente responde: “Eu não posso”? E quando você sente que Deus o está direcionando para um caminho desconhecido, pedindo-lhe que faça alguma coisa que nunca fez, talvez até algo que você se sinta totalmente desqualificado para fazer?
* Eu penso em inúmeros relatos bíblicos em que as pessoas foram solicitadas a dar tais passos: Noé, solicitado a construir uma arca com a aproximação de um dilúvio global; Abraão, a quem foi dito que deixasse as amistosas fronteiras de Harã e fosse para uma terra da qual nunca ouvira falar; Moisés, escolhido para liderar os israelitas para fora do Egito depois de mais de 400 anos de escravidão; Isaías, respondendo “Eis-me aqui! Envia-me a mim!” quando Deus procurava por um profeta para entregar Sua mensagem; e cada um dos discípulos de Jesus, que deixaram seu meio de sustento para seguir a Ele.
*Podemos nunca ter a história de nossa vida apresentada num livro, mas se somos verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, haverá tempos em que Deus nos chamará para fora de nossa zona de conforto para servi-Lo em outro lugar, de outro modo. Em minha própria vida, posso lembrar-me de inúmeras vezes em que isso aconteceu. Vou citar apenas duas:
*Depois de 10 anos como editor de um jornal comunitário, Deus abriu uma porta para que eu me tornasse diretor de publicações do CBMC. Eu nunca tinha escrito um artigo para revistas, ou um livro, mas ambos estavam na descrição de meu cargo – excitante e assustador. Mas, mesmo antes de fazer essa grande mudança de carreira, o Senhor queria que eu fizesse algo que para mim era totalmente assustador: falar para uma plateia de mais de 400 pessoas.
Sendo o que eu chamo de “extrovertido introvertido”, eu me sentia confortável falando com pessoas individualmente ou em pequenos grupos, mas falar para centenas de uma vez só? Entretanto, era exatamente o que Deus estava me direcionando a fazer, por meio do meu pastor em Houston, Texas, E.U.A. Ele sugeriu que eu falasse brevemente à nossa congregação em um domingo pela manhã, para contar o que iria fazer e para pedir suas orações.
* Minha reação inicial foi “Eu não posso fazer isso!” Contudo, concordei em orar a respeito e, por fim, senti que era isso que devia fazer. Naquele domingo de manhã, como era de se esperar, eu estava muito nervoso esperando minha vez de falar, mas quando me coloquei atrás do púlpito e vi tantos rostos olhando para mim, senti o que Filipenses 4:7 chama de “paz que excede todo o entendimento”. Minha curta fala decorreu surpreendentemente bem. Aquele passo de obediência provou ser um degrau para muitas outras oportunidades de falar nos eventos do CBMC em uma variedade de locais.
O que leva ao segundo exemplo que quero mencionar:
*Em 1999, eu fazia parte da equipe do CBMC International, e Tim Philpot, então Presidente, disse que precisávamos nos reconectar com o ministério no Brasil, e era eu que deveria fazer isso. “O que?” Eu não sabia nada sobre o Brasil, não falava português e não era perito em “desenvolvimento de ministério”. Mas, com base na experiência passada, confiei que Deus sabia o que estava fazendo ao me mandar para lá. A viagem foi extremamente frutífera, e até hoje mantenho amizades que se formaram há mais de 20 anos em São Paulo, Curitiba e Vitória. Dessa viagem ministerial surgiu um resultado inesperado: um grupo entusiasmado de brasileiros que até hoje traduzem o “Maná da Segunda” para outras 5 ou 6 línguas, e envia cada edição literalmente para todo o mundo. Essa e outras ocasiões ensinam uma lição importante: Quando nos posicionamos com uma fé obediente, Deus sempre faz muito mais do que podemos imaginar.

Próxima semana tem mais!