Cultivando o Privilégio de Dar _ Por Rick Boxx
Poucas pessoas atingem os padrões estabelecidos por R. G. LeTourneau. Na primeira parte do século XX, LeTourneau foi um destacado industrial. Ele inventava e vendia grande parte dos primeiros equipamentos para remoção de entulho. Suas realizações nos negócios foram muitas. Mas seus feitos eternos foram ainda mais significativos.
Embora algumas empresas façam do investimento humanitário uma prática, na maioria dos casos, os recursos financeiros ou materiais disponíveis são pequenos. Nos Estados Unidos, por exemplo, em 1998 as empresas destinaram pouco mais de 1% de seus lucros líquidos para atividades beneficentes, o que está longe do nível de 10% que a Bíblia estabelece como “dízimo”.
Para LeTourneau, entretanto, o dízimo bíblico servia apenas como ponto de partida. Em sua biografia, “Movendo Montanhas e Homens”, ele afirma ter compreendido algo de grande importância: Deus é o dono de todas as coisas, o verdadeiro proprietário de tudo! Tudo que possuímos, todas as coisas que reivindicamos como “nossas” são, na verdade, dádivas de Deus.
Com esse conhecimento e acreditando nele, LeTourneau abriu o tesouro de sua empresa para Deus. Alegre e generosamente ele deu não 10% mas 90%, praticando o dízimo ao contrário: ao invés de dar para Deus 10% e ficar com 90% para ele, fez o oposto.
LeTourneau sustentou essa prática de doar 90% de seus rendimentos e viver com apenas 10% durante anos. Não há nenhuma razão para ter pena dele ou acreditar que ele foi, de algum modo, privado de desfrutar do fruto do seu trabalho. Depois de aprender a valiosa lição de que é impossível dar demais para Deus, LeTourneau teve o privilégio de ver milhões de dólares fluir através de sua empresa para fundos de uma extensa rede mundial, ajudando a satisfazer as necessidades de incontáveis pessoas, tanto do corpo como do
espírito. Mesmo doando milhões, ele teve uma vida de abençoada abundância financeira.
Ao nos aproximarmos do período do ano em que muitas empresas avaliam os resultados da sua produtividade anual e determinam o montante de bônus e doações beneficentes que concederão, lembremos o ensino de Paulo em II Coríntios 8.7: “Todavia, assim como vocês se destacam em tudo, na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio de contribuir”.
Mesmo com toda a realização alcançada pelo Sr. LeTourneau é bem provável que você não tenha reconhecido o seu nome. É que o sucesso empresarial, afinal de contas, é passageiro. Líderes corporativos cujas faces aparecem nas mais prestigiadas revistas de negócios são rapidamente esquecidos ou facilmente substituídos pela mais recente super-estrela do mundo profissional e empresarial. Entretanto, posso garantir-lhe que a herança eterna de LeTourneau está assegurada e jamais será esquecida. São inúmeros homens, mulheres e crianças que se beneficiaram eternamente de sua generosidade. Pergunte a si mesmo: 'Por qual tipo de legado as pessoas se lembrarão de mim neste ano?'
Próxima semana tem mais!
Texto de autoria de Rick Boxx, extraído de 'Momentos de Integridade com Rick Boxx' e usado com a devida permissão. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.br).
MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Connecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com a missão de compartilhar o evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2007 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL - E-mail: Desejável a distribuição sem fins lucrativos. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês.
Questões Para Reflexão/Discussão
1. Antes de ler este texto você já tinha ouvido falar de R. G. LeTourneau como
destacado empresário e líder industrial nas primeiras décadas de 1900? O que isto diz a você sobre a longevidade e herança da fama e
# do sucesso no meio profissional e empresarial?
2. Que acha da filosofia de vida de LeTourneau de doar 90% dos lucros de sua
# empresa e ficar apenas com 10%? Justifique.
3. Em sua empresa, quem determina o nível de doações no final do ano e que tipo de doação geralmente é feita em bônus para funcionários
# e para fins beneficentes?
4. Talvez a idéia de doar 90% dos lucros seja irreal para empresas com
obrigações públicas para com os acionistas. Mas qual lhe parece poderia ser o impacto, caso as empresas pudessem universalmente adotar a prática de dar
10% de seus lucros anuais, para ajudar a custear causas beneficentes, como assistência aos desprovidos, ajuda no combate a doenças, promoção à educação ou assistência às necessidades espirituais das pessoas?
NOTA: Se tiver uma Bíblia e desejar considerar outras passagens sobre este tópico, leia: Provérbios 3.27-28; 11.24-26; 14.31; 21.13; I Coríntios 9.7-14; II Coríntios 9.1-15. #