cap 3 Tm e tito
Quanto à área familiar, há orientações específicas para o homem:
Quanto ao seu procedimento pessoal
Bispos e diáconos dariam o exemplo sendo modelo para o comportamento masculino. Irrepreensível esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não dando ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento, governa bem sua própria casa, cria os filhos (não é tarefa da mulher) sob disciplina, com todo respeito... Bom testemunho dos de fora (1Tm. 3.1-10-12, Tito 1.6-9).
Recomendo a leitura do livro: “Estatura de um homem espiritual”.
Quanto ao relacionamento com a esposa
A chave de um relacionamento feliz com a esposa é o amor (Ef. 5.25-33; Cl. 3.19; 1 Pe. 3.7).
O Amor é atitude, não sentimento ( 1 Co.1313.1-8; Mt. 5.44). Se a Palavra de Deus nos orienta a amar os inimigos, quanto mais aquela que compartilha sua cama.
O amor vem de Deus ( 1 Jo 4.16; Rm 5.5; Gl. 5.22; 2 Tm. 1.7)
O amor é uma necessidade básica da mulher, como gasolina é para o carro, se faltar não funciona. “Quem ama a sua mulher, a si mesmo se ama” (Ef. 5.28). O mandamento do Senhor é para o bem e Ele sabe que todo o amor que o homem der à mulher voltará para ele com juros. Amar é um bom investimento.
O amor visa o homem a depender do Senhor (Mq. 6.8). Portanto, o amor à esposa deve ser igual ao de Cristo: abrindo mão de si mesmo, indo de encontro às necessidades dela e na dependência do Senhor. Deve ser como aos seus próprios corpos: alimenta, não odeia, veste, cuida. Deve ser orientado pela Palavra de Deus: independência financeira e psicológica; compromisso; acordo “como andarão dois juntos, se não estiverem de acordo” e concessão à mulher do que lhe é devido (Gn. 2.24; Amós 3.3; 1 Cr. 7.3-5).
A esposa deve ser amada no dia-a-dia com entendimento e discernimento. “Não vos irriteis contra elas... não as trateis com amargura” (Cl 3.19). “Coabitai” (relação sexual - 1 Pe. 3.7).
O discernimento quanto a uma vida comum no lar diz respeito à dar honra à mulher, ter consideração, levar em conta sua natureza feminina, fragilidade física e sensibilidade emocional. Não esquecendo que ambos são apenas pecadores salvos pela graça, portanto, iguais para Deus.
Manter a mulher sujeita tem dado muito trabalho ao homem e resultado em muita frustração, além de reação contrária como rebeldia e o movimento feminista. Na melhor das hipóteses tem aniquilado aquela que Deus criou para ser a coroa de seu marido. Ao homem compete amar.
Há, também, orientações específicas aos filhos:
Aceitação
Podemos escolher profissão, emprego, esposa e muitas outras coisas, mas não podemos escolher a família onde nascemos. Desta forma, aceitar a pessoa dos pais, a situação familiar e a disciplina da casa é o primeiro passo para se aceitar a vontade de Deus para nossa vida (Ef. 6.1-3; Cl. 3.20).
Deus, que nos fez sabia onde estava nos colocando, conhecia muito bem aquele homem que seria meu pai e a mulher que seria minha mãe e, ainda assim, permitiu que eu nascesse nessa família (Sl 139.13-15-17). Deus tem um plano para você através de sua família, das qualidades e defeitos de seus pais, irmãos e avós. Procure vê-los como pessoas que tiveram sonhos como você os tem; que têm lutas e problemas; que se esforçam para aceitar; que estão fazendo o melhor que podem.
Aceitar é encarar o fato sem amargura nem raiva (Ef. 4.30-32).
Há amargura ou raiva? Peça ao Senhor para agir em você fazendo com que aceite sua família, sem reservas no coração.
Perdão:
Como fomos perdoados por Cristo. Devemos perdoar não só pelo que fazem, mas pelo que não e deveriam ser, ou pelo que não são quando deveriam ser.
Vamos clamar ao Senhor pedindo que Ele opere em nós aceitação e perdão, quanto à nossa família e a capacidade para obedecer, pois Jesus sendo Filho de Deus teve de aprender a obedecer aos seus pais humanos, à Lei dos homens e a Deus (Hb.5.8; Pv. 9.12).###