'Talvez Seja Tempo de Reconsiderar os Resultados'
Por Jim Langley
Profissionais do ramo empresarial, obviamente, gostam de melhorar os resultados. Se você trabalha para terceiros, é possível que tenha que lidar com revisões de desempenho de um tipo ou de outro. Mesmo os altos executivos sofrem revisões por parte de seus quadros de direção e passam pelo escrutínio de seus acionistas majoritários. E resultados são normalmente um elemento importante dessas revisões.
Em muitas áreas da vida buscamos essa grande ênfase em melhorar os resultados. Seja nos negócios, nos esportes ou em qualquer outra coisa de que participemos, é simplesmente natural desejar ser reconhecido por um bom desempenho. É uma sensação boa alcançar metas profissionais e pessoais e estabelecer novos objetivos. Não há nada de errado com se esforçar para atingir tais metas, mas quais seriam as consequências de dar uma ênfase exagerada à própria meta em si?
Eu também tenho me esforçado para atingir metas profissionais e pessoais, mas ao longo dos anos descobri que as coisas mudaram. Hoje, o resultado que mais me importa é o que diz respeito ao meu relacionamento com o meu Pai Celestial.
O livro de Eclesiastes aborda esse dilema ao longo de seus primeiros 11 capítulos. O rei Salomão, “O Pregador”, como ele denomina a si mesmo, apresenta uma avaliação emocionante de nossa vida “debaixo do sol”, como ele chama a existência terrena. Ele repetidamente se refere ao esforço de melhorar nossos resultados - de alcançar e experimentar mais e mais - como “correr atrás do vento”. Eu chamaria isso de existência vã e egocêntrica.
No capítulo final de Eclesiastes, Salomão passa a nos ajudar a ver o que poderíamos chamar de “quadro mais amplo”, o que realmente importa, tornando-nos conscientes de que a vida é mais do que a busca implacável por mais e melhor. Ele sugere trazer Deus para dentro da equação, de forma a desenvolvermos uma perspectiva clara e experimentarmos a jornada da vida de um modo novo, mais profundo e significativo.
Salomão encerra seus escritos com as seguintes sábias palavras: “Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos Seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau.” (Eclesiastes 12:13-14). Você compreendeu isso? Seja bom ou mau Deus trará tudo a julgamento – julgamento dEle, não nosso. Nossa tarefa é simplesmente fazer tudo o que é essencial para o homem.
Durante os meus 30 e tantos anos como seguidor de Cristo, compreendi que o que é essencial, essa responsabilidade, consiste em obedecer ao Senhor fazendo o melhor que posso para agradá-Lo e amar aos outros tanto quanto me seja possível. Eu também descobri que não posso verdadeiramente amar aos outros até que tenha aprendido a amar a Deus, e também a mim mesmo, com todas as minhas falhas e defeitos.
Portanto, quando se trata de “resultados”, eu agora reconheço que minhas metas pessoais não têm tanta importância assim. Estou mais empenhado com o processo que Deus colocou diante de mim. Como Romanos 12:2 nos diz, “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente...”.
Cada dia é um novo dia, e meu desejo agora é agradar meu Pai Celestial e procurar ver para quem, o que, quando e onde Ele está trabalhando em minha vida. Sim, eu continuo estabelecendo metas e, naturalmente, rastreando os resultados, mas estou mais preocupado com o meu relacionamento com Aquele que colocou este mundo em seu eixo e criou tudo o que temos para experimentar durante o longo ou curto período de tempo que temos sobre a terra. Isso é apenas o começo de um relacionamento profundo e eterno com o nosso Criador.