Minha esposa teve uma conversa recente e interessante com uma amiga que também trabalha na área médica. O assunto girou sobre o declínio alarmante do serviço ao cliente, não apenas na área de saúde, mas nas demais do mundo empresarial e profissional. 'Eu vou fazer o máximo' - disse a amiga - 'para proporcionar aos nossos pacientes um excelente serviço, não importa o que os demais façam'.
É uma afirmação surpreendente e elogiável. A observação parece verdadeira em todas as esferas. Em muitos escritórios e lojas a impressão é que o cliente é uma inconveniência, um aborrecimento, uma imposição. É uma conclusão ridícula porque sem cliente não há razão para uma empresa permanecer aberta.
Muitos enfrentam ambientes de trabalho com quadro de pessoal reduzido. Em conseqüência, ficam sobrecarregados e o empregador espera que realizem muito mais do que seria razoável. A culpa é parcialmente da tecnologia. A computação permite que se faça o mesmo trabalho que exigiria várias pessoas para realizar, alguns anos atrás. Esta realidade não é desculpa para se tratar com descaso ou insensibilidade o bem mais importante da empresa – o cliente.
Encontramos nas páginas da Bíblia conselhos inestimáveis sobre a importância de tratar o outro de modo apropriado e sua sabedoria eterna permanece verdadeira e relevante nos dias de hoje. Eis alguns exemplos:
Tratar como gostaria de ser tratado. Ao sentir-se tentado a não dar atenção ao cliente, troque mentalmente de lugar com ele. No lugar dele, como você gostaria de ser tratado? Então, proceda assim, mesmo que isso lhe cause alguma inconveniência. 'Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam ( Mateus 7.12; Lucas 6.31 )
Colocar a necessidade e o interesse do outro acima dos seus. 'Se você não cuidar de si mesmo quem o fará?' - É a típica pergunta da nossa sociedade egoísta. Mas, e se considerássemos o outro em primeiro lugar? 'Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros' Filipenses 2.3-4
Lembrar-se de Quem você está servindo. É fácil, especialmente sob a pressão de tempo e prazo, perder a visão de Quem estamos servindo. Sem cliente nosso negócio vai à falência. Sem satisfazer nossos superiores não conseguiremos permanecer no emprego. Contudo, as habilidades e talentos únicos que empregamos no trabalho vieram de Deus. Espera-se que sejamos administradores fiéis do que nos foi confiado. 'Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens... É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.' (Colossenses 3.23-24).
A forma como trata o outro reflete o seu caráter. Quando se sacode um balde cheio, o que cai é o que ele contém. Você está cultivando ativamente uma atitude de serviço, um gesto de gentileza e cuidado para com o outro, ou apenas buscando seu próprio interesse? 'Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio' (Gálatas 5.22-23).
Próxima semana tem mais!
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Texto de autoria de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros. Recentemente colaborou com David A. Stoddard em 'The Heart of Mentoring: 10 Proven Principles for Developing People to Their Fullest Potential' (A Essência de Mentorear: 10 Princípios Provados Para o Desenvolvimento Pessoal em Todo o Seu Potencial' e, com Ken Johnson, “Pursuing Life With a Shepherd’s Heart” (Vivendo Com um Coração de Pastor). Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (jsfortes@globo.com)
MANÁ DA SEGUNDA® é uma edição semanal do CBMC INTERNATIONAL, uma organização de âmbito mundial, não-denominacional, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial.
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Questões Para Reflexão/Discussão
1. O que você tem observado sobre serviço ao cliente nos negócios em geral, em lojas e escritórios que visitou recentemente? Concorda com a bservação de que
esse serviço parece estar em declínio?
2. Qual sua atitude diante das necessidades e preocupações do outro? Você tenta fazer o melhor para ajudar, ou ao menos encaminha-o para onde ele pode conseguir auxílio, ou olha para ele como uma imposição, um intruso em sua agenda
e tenta livrar-se dele o mais rápido que puder?
3. Se concorda que o serviço ao cliente no seu local de trabalho pode ser
melhorado significativamente, que medidas proporia?
4. Quais os princípios citados no texto -- se algum -- lhe parece mais significativo?
Justifique.
Nota: Se tiver uma Bíblia e gostaria de considerar algumas outras passagens sobre o assunto, verifique os seguintes versículos:
Marcos 10.45; Romanos 13.8-10; I Coríntios 10.31; 11.1; Colossenses 3.17; Tiago 2.8
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