5 de abril de 2010
Doze anos servindo as comunidades empresarial e profissional
Reclamação - Instrumento de melhoria
Por Rick Boxx
Uma mulher, a quem chamarei de Silvia, aproximou-se de mim certo dia solicitando uma reunião com a Comissão a que eu pertencia. Desejava expressar suas preocupações acerca da maneira como certo empregado estava lidando com um projeto de particular interesse para ela. Depois de revisar o resumo das preocupações de Silvia antes da reunião, fiquei inquieto diante da perspectiva de ocorrência de um confronto emocional.
Mas eu estava errado.
As reclamações que Silvia apresentou à Comissão foram comunicadas com extrema civili-dade e discrição. Ao invés de dirigir uma acusação pessoal ao funcionário responsável, ela escolheu cuidadosamente as palavras e apresentou sua queixa de maneira racional e diplo-máica. Propositalmente ela se manteve atenta à questão mais abrangente e sua importân-cia, em lugar de atacar a pessoa envolvida.
Observei com admiração as pausas que Silvia fazia a fim de se recompor e certificar-se de que permanecia focalizando os fatos, sem ceder à tentação de fazer comentários negativos que pudessem criar hostilidade ao colaborador. Ao falar diante da Comissão, Silvia obviamente desejava permanecer cortês e não vingativamente elevar sua credibilidade aos nossos olhos. Seu comportamento fez que aumentasse nosso desejo de fazer o que fosse possível para corrigir o problema e satisfazer Silvia.
Situações como essa são comuns no ambiente de trabalho. Algumas vezes reclamações sobre outra pessoa são feitas por motivos egoístas. Muitas vezes, porém, simplesmente temos uma perspectiva diferente sobre como um projeto deve ser desenvolvido ou como metas devem ser atingidas. É extremamente tentador reagir pela emoção, transmitindo frustração e raiva. Em muitos casos, contudo, declarações inflamadas se mostram impro-dutivas, levando as pessoas a adotarem uma postura defensiva, enfatizando emoções e não fatos. Seria prudente prestar atenção ao que a Bíblia ensina sobre a forma de abordagem de situações como essa. Provérbios 21.23 ensina:
“O que guarda a boca e a língua guarda das angústias a sua alma.”
Veja alguns outros princípios que valem a pena considerar:
1-Use palavras com economia. Quanto mais você fala, maior o risco de dizer algo que o fará arrepender-se. Seja cauteloso com o que fala e a forma como fala. “Quando são muitas as palavras, o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato”
(Provérbios 10.19).
2-Use palavras para curar, não para ferir. O que falamos pode cortar com a precisão cirúrgica de um bisturi. Nossa intenção não deveria ser ferir, e sim produzir ações corretivas e, se necessário, curar relacionamentos. Provérbios 12.18)
' Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura”
3-Use palavras com discernimento. Para realizar nosso propósito é melhor expressar-mos nossos pensamentos da maneira mais apropriada para atingir a audiência que visa-mos. “O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal,
> para que saibam como responder a cada um” (Colossenses 4.6).
Da próxima vez que estiver prestes a reclamar ou criticar, faça uso de cortesia e de tato, não importando quais sejam seus sentimentos sobre a questão. Os resultados certamen-te serão mais agradáveis. Próxima semana tem mais!
J Primeiro trate COM DEUS seus sentimentos pessoais _, depois lide com a SITUAÇÃO !
Rick Boxx é presidente e fundador da 'Integrity Resource Center', escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de 'Momentos de Integridade com Rick Boxx', um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com) / MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2008 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL - E-mail: liong@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês. / Somos contra o SPAM na rede e em favor do direito à privacidade. Esta mensagem não é considerada SPAM, pois o remetente está identificado, o conteúdo claramente descrito e com a opção de exclusão de seu e-mail. Para exclusão do seu nome de nossa lista de mailing , por favor, envie um email para liong@cbmc.org.br escrevendo 'REMOVER' no campo de assunto.
Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Você já participou de alguma reunião em que alguém fez uma reclamação que resultou
_ em mais confusão do que ação corretiva? Por que?
2. Em contrapartida, já participou de alguma outra em que alguém expressou suas queixas
> de modo calmo, racional e construtivo? Que diferença isso fez no resultado final?
3. Na Bíblia a língua é descrita como “fogo, um mundo de iniqüidade colocado entre os membros do corpo” (Tiago 3.6). Que lhe parece essa descrição?
4. Por que você acha que as palavras que dizemos, particularmente quando são fruto de intensa emoção, que não são objeto de análise cuidadosa antes de serem proferidas, podem ser tão prejudiciais? Que precauções podem ser tomadas para evitar os efeitos destrutivos da língua?
5-Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos:
Provérbios 4.24; 11.12; 13.3; 15.1,4; 17.14,28; Tiago 3.3-12.
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